Comunicação inclusiva da
UFPE para todo o Brasil
Por (Carlindo do Socorro Simões Barbosa
Filho, 1809015)
Polo – São Luís
Data (13/09/2017)
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Fonte: www.prodeaf.net
Tudo começou quando um
grupo de estudantes do curso de mestrado em computação da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), inspirados pela batalha diária do colega Marcelo Amorim,
deficiente auditivo que tinha grandes dificuldades para comunicação, o grupo
teve a ideia de um projeto em 2010, que apenas em abril de 2013 o aplicativo
ganhou vida e foi lançado, visando auxiliar a comunicação de deficientes
auditivos com pessoas que não sabem usar a Língua Brasileira de Sinais. Nasceu
assim o Prodeaf.
Segundo o Censo de 2010,
aproximadamente 10 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, e,
metade deles utilizam a Língua Brasileira de Sinais para que possam se
comunicar. Menos da metade desse grupo que se comunicam pela linguagem de
sinais tem fluência na língua portuguesa. Algo que parece tão simples como se
comunicar com outras pessoas, pode ser algo bastante difícil quando se faz parte
desse grupo de dez milhões.
Marcelo Amorim,
estudante da Universidade Federal de Pernambuco faz parte desse grupo, e
travava uma batalha diariamente até mesmo para pedir um sanduíche. Quando um
grupo de estudantes tiveram que realizar um trabalho, porém tiveram
dificuldades para se comunicar, pois um dos integrantes era deficiente
auditivo. Seus colegas João Paulo Oliveira, Flávio Almeida, Amirton Chagas e
Lucas Mello tiveram então a ideia do projeto que levou a companhia pernambucana,
nascida através ProDeaf (financiado pelo Sebrae e CNPQ), que criou e nomeou o
aplicativo, a ganhar o prêmio Anuário Tele.Síntese de Inovação em Comunicações
a categoria “Desenvolvedores de Aplicações e Conteúdo”.
Antes mesmo de ser
lançado, o projeto foi vencedor, em 2011, do evento anual da Microsoft que
incentiva a inovação tecnológica “Imagine Cup”, abrindo as portas para o
crescimento e desenvolvimento da ideia. Logo o projeto foi apresentado à
Bradesco Seguros que investindo no projeto permitiu a contratação de
profissionais que aperfeiçoassem a ideia para ganhar vida. Tradutores,
linguistas, designers e um comitê de deficientes auditivos analisaram e
sugeriram mudanças necessárias. E em dezembro de 2012, o ProDeaf foi
selecionado para a Wayra (aceleradora global do Grupo Telefônica que identifica
talentos no país nas áreas de inovação e tecnologia).
Um aplicativo simples,
fácil de usar e gratuito. Pode-se encontrar as versões em site, o “ProDeaf
WebLibras” e app, o “ProDeaf Móvel”. O móvel disponível inicialmente para
android, agora também nas versões para iOS e Windows Phone 8, tem nas versões
de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e ASL (Língua Brasileira de Sinais). O
Prodeaf é um tradutor de libras que pode facilitar a vida dos deficientes
auditivos. Basta escrever um texto e o aplicativo faz a tradução através de um
avatar 3D, ou pode-se utilizar o reconhecimento de voz.
Qualquer pessoa pode aprender
a linguagem de sinais, assim, a comunicação entre surdos e ouvintes se torna
muito mais fácil, e é uma solução que cabe no bolso. Numa escola, por exemplo,
onde há a inclusão de surdos, o aplicativo facilita a comunicação dos alunos
entre si, podendo trocar ideias, sem necessariamente precisar de um interprete
dentro e fora de sala, mas de um simples tradutor que conta ainda com um
dicionário off-line, e cerca de mais de 3.000 (três mil) sinais. Os sinais
podem ainda ser adicionados pelo próprio usuário, sendo avaliado, e, após
análise agregado ao dicionário disponível a todos os usuários.
Um aplicativo realmente
inovador para a comunicação, a inclusão de deficientes auditivos, e que vale a
pena conferir.
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