Por: Camila Rodrigues RU:1776459
Polo: PAP - São Luís
Data: 11/09/2017
Como estamos no mês de setembro ,mês "verde", em alusão a inclusão, a escola Maranata resolveu abri as portas no intuito de mostrar que é possível incluir alunos com diversas deficiências, entre essas ,foi posta em destaque o ensino da língua portuguesa através da leitura para deficientes visuais. A professora adotou o projeto MECDAISY, elaborado pelo MEC em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, pois percebe -se que ao decorrer do tempo a pessoa portadora de necessidades especiais tem se apresentado de diferentes formas ,sendo que na maioria das vezes, eram tratadas de maneira separada ou complementar ao ensino e em centro de reabilitação. Sabe -se que no Brasil, começaram a surgir escolas especializadas para atender as demandas desse percentual da população só a partir da segunda metade do Séc. XIX. Como exemplo ,temos o Instituo Benjamin Constant( 1854) que é voltado para o atendimento deficientes auditivos e visuais e as APAE que é uma associação de pais e amigos de excepcionais( 1954) onde são realizadas atividades de vida diária. Em decorrência dessa visão discriminatória e segregada, a inclusão desses alunos e escolas regulares, isso no final do sec.XIX, não foi dada a devida atenção nas mudanças na organização das escolas regulares afim de que pudessem receber esse tipo de alunado, como adaptação física e predial e nem houve revisão de projetos pedagógicos ou adaptação curricular e ou estratégias de ensino que contemplem as especificidades e formas de aprendizagem desses seres cognoscentes. Segundo o PNE- plano nacional de educação, é considerado como o público alvo da educação inclusiva, os alunos com deficiência intelectual, física, auditiva, visual e múltipla, alunos com transtornos global do desenvolvimento e altas habilidades. Desta forma, foi estabelecido a educação especial como modalidade de ensino que passa por todos os segmentos da escolarização, realizando o atendimento educacional especializado, disponibilizando serviços e recursos próprios além de orientar alunos e professores quanto a sua utilização no ensino regular. Sendo assim, o aluno tem direito de receber apoio de caráter especializado e recursos diferenciados como ensino de linguagens e códigos de comunicação e sinalização para os deficientes auditivos e visuais; atividades voltadas para o desenvolvimento de estratégias de pensamentos para os deficientes intelectuais ,adaptação de material e ambiente físico para os deficientes fisicos,ampliação de recursos ou conteúdo para os que possuem transtorno global e altas habilidades .Diante do exposto acima, foi desenvolvido este software que permite a leitura e audição de livros no formato DAISY (DIGITAL ACESSIBLE INFORMATION SYSTEM) este que é um padrão de digitalização de documentos utilizado para produção de livros acessíveis.O fundo nacional de desenvolvimento da educação exigiu, a partir de 2011, que os livros aprovados nos editais fossem entregues também no formato para serem lidos em mec. Daysi.
POR QUE UTILIZAR O MACDAISY: Este software permite a navegação facilitada pelos livros e maior interação no momento da leitura, ao contrário dos áudio -books, possibilitando a localização de termos e palavras, a navegação ágil pelo índice do livro, inclusão de notas e tudo isso através de orientações verbalizadas pelo próprio sistema.
O formato DAISY é um formato livre, qualquer pessoa pode utilizar sem necessariamente pagar taxa de licença ou direitos autorais. Além disso, o mecdaisy faz a leitura dos livros através de uma voz digital sendo assim desnecessário a gravação de frases em estúdio e pagamento de direitos de utilização de voz;
Os livros didáticos também podem ser convertidos para o formato Daisy, porém, como em qualquer livro acessível, devem ser incluídos legendas e descritivos nos materiais gráficos (tabelas, fotografias, mapas, gráficos) para possibilitar a compreensão do ouvinte. Da mesma forma, os livros ilustrados devem ter suas ilustrações descritas de forma detalhada para permitir ao leitor “enxergá-las” através das palavras.
A SA Comunicação Digital realiza todo o trabalho de conversão de livros em formato Daisy, cumprindo todas as exigências do FNDE, para que sua editora se preocupe apenas na editoração dos livros impresso. Este software vem sendo utilizado no ensino fundamental médio e superior.
O Lado ruim e que nem todas as escolas estão equipadas com laboratório de informática ou o alunado não possuem ferramenta tecnológica e nem todos celulares ou tablets são compatíveis ao software.
Com isso a escola Maranata aderiu ao projeto e fez de seu laboratório de informática o cantinho da leitura para todos os alunos considerados especiais de uma forma inclusiva ou seja tanto alunos típicos como atípicos ficam nesse espaço no dia leitura . E na sala de aula não é diferente, faz se o uso de tabletes durante a leitura dos conteúdos e as provas saem em braile para os deficientes visuais. A professora de língua portuguesa utiliza a hora do conto com o software trabalhando a interpretação de texto com seus alunos do ensino fundamental, médio e EJA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário